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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Porque dançar é para todos | Jornal O Fluminense

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Entrevista sobre nossa Cia de Dança demonstra como chegamos à indicação ao Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro.

Conheçam um pouco de nossa história!


Cia Holos de Dança: reportagem de capa do 2º Caderno, em O Fluminense deste sábado.


Entrevista sobre nossa Cia de Dança demonstra como chegamos à indicação ao Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro.

Conheçam um pouco de nossa história!

http://www.ofluminense.com.br/editorias/cultura-e-lazer/porque-dancar-e-para-todos 

https://www.facebook.com/pages/Cia-Holos-de-Dan%C3%A7a/331751286882748?fref=ts

Porque dançar é para todos

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Tamanho da fonte: A- A+Por: Cissa Loureiro 15/02/2014

Os niteroienses da Cia Holos de Dança concorrem ao Prêmio de Cultura do governo do Rio de Janeiro pelo trabalho de inclusão pela arte

Professora e mestrada em Educação Especial pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Soyane Vargas sempre teve ligação com pessoas com algum tipo de deficiência. Seu objetivo era desenvolver algo que estimulasse a independência dessas pessoas a partir da arte. Assim nasceu a Cia Holos de Dança. Prestes a completar dois anos, a academia de dança é conhecida por integrar pessoas com e sem deficiência, apresentando espetáculos que superam os limites de cada um. O grupo acaba de ser indicado ao Prêmio de Cultura do Governo do Rio de Janeiro pela excelência dos trabalhos. Em entrevista, Soyane conta como surgiu a ideia da companhia e como ela funciona
De onde partiu a ideia de desenvolver um projeto de dança inclusiva?
Desde o meu mestrado, em 1999, sobre ginástica e dança para pessoas idosas com deficiência visual, venho desenvolvendo esse tipo de atividade física voltada para as pessoas com deficiência. No começo, o objetivo principal era contribuir para construção de autonomia de tais pessoas, por meio de uma atividade artística. Em 2004, desenvolvi na Escola Municipal Paulo Freire, o projeto Hip Hop na Escola, no qual estudantes com e sem deficiência integravam o mesmo grupo de dança. A partir dessa experiência, fui convidada pelo professor para coordenar um projeto de dança em uma associação de pessoas com deficiência. Lá, fui também professora e coreógrafa por seis anos. Em dezembro de 2011, após participar de um encontro de pesquisadores no programa de pós-graduação em Educação Física, na Universo de Niterói, a professora Regina Lema Santos demonstrou interesse em levar o projeto de dança inclusiva para a Universo. Após o convite, eu, juntamente com os professores José Guilherme Almeida e Dayana Santos, criamos a Cia Holos de Dança. Holos vem do grego holístico, que significa entre outras coisas, a visão e a abordagem integral do ser humano em todos os seus aspectos: biológico, sociológico, psicológico e transcendental. 
Há alguém próximo a você que tenha alguma deficiência lhe motivou a criar a Cia Holos de Dança?
Ninguém em especial, mas fui incentivada por alguns ex-alunos que queriam continuar praticando dança comigo e pela vontade de fazer algo diferente, o que me move sempre. A surpresa maravilhosa foi perceber que a vontade de ensinar me fez aprender muito com essas pessoas. 
Explique como funciona a Cia Holos de Dança.
Somos um grupo de dança inclusiva com cadeira de rodas. Atuamos em três eixos: projeto social, companhia de dança e aperfeiçoamento profissional para pessoas que queiram atuar nessa área do conhecimento. Temos uma parceira com a pró- reitoria de extensão da Universo, onde oferecemos aulas gratuitas àqueles que desejam praticar dança. Nosso intuito é demonstrar que todos são capazes de aprender a dançar. Como disse Klauss Vianna, “a dança está dentro de nós, os professores e coreógrafos atuam apenas como ‘parteiros’ desta forma de expressão corporal”.
A Cia Holos tem algum cunho social?
A Cia Holos de Dança tem um cunho filosófico de demonstrar que todas as pessoas têm condições de produzir arte e direito de acesso a ela. Essa filosofia tem importância social fundamental para mudança de paradigma da sociedade em relação à capacidade das pessoas com deficiência.
Qual era o seu objetivo ao criá-la?
A criação da Cia Holos de Dança nada mais é do que a culminância dos anos de experiência profissional associados à disponibilidade da equipe maravilhosa que a compõe. Sem essas pessoas, nada disso seria possível ou teria sentido. Agradeço, em especial, às pessoas com deficiência que fizeram e fazem parte de nossa Cia e aos profissionais que se dispõem e acreditam em nosso trabalho que são grandes incentivadores e fonte de inspiração.
Na terceira edição do Prêmio de Cultura do Governo do Rio de Janeiro, a Cia Holos da Dança foi uma das indicadas pela região Metropolitana Leste. Como recebeu essa indicação? 
Recebi uma ligação da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro informando sobre nossa indicação, por uma comissão formada para essa premiação. De fato, temos tido destaque na mídia e realizamos muitos projetos importantes em todo estado e fora dele, ao longo dos anos de 2012 e 2013. No entanto, essa indicação já é considerada por nós um prêmio maravilhoso. Estar no cenário geral da cultura demonstra a qualidade e a relevância do nosso trabalho. 
Esta é a terceira edição do prêmio. Os três destaques de cada região receberão a premiação em maio, sendo que um dos grupos vencedores será escolhido por voto popular e os outros dois por uma comissão especial mista.
Essa premiação acarretaria em alguma mudança?
Muda não apenas para Cia Holos de Dança, mas para todos aqueles que desenvolvem projetos com tal caráter. É uma forma de demonstrar que estamos sendo inseridos socialmente. 


O FLUMINENSE