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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Dança e Liberdade - Dance and Freedom

Praticamente no último dia do ano de 2011, caminhando pelas lotadas ruas de Icaraí, com pessoas para cá e para lá, tenho a grata surpresa de encontrar com antigos amigos, ex-alunos e alunas.

Uma dessas pessoas, mãe de uma bela ex-aluna usuária de cadeira de rodas, não imagina o presente que me deu ao relatar que tem viajado bastante e que em todas as viagens, ela e sua filha,  realizam apresentações de dança em cadeira de rodas.
E que sempre é muito emocionante para aqueles que as assistem.

Essas e outras me fazem ganhar o ano e ver que todo esforço e dificuldade valeram a pena.

Saber que a dança tem sido instrumento de realização pessoal, de emancipação e de elevação da autoestima, traz um valor especial ao trabalho que desenvolvo. E que, mesmo ainda timidamente, tenho conseguido educar para autonomia e liberdade de expressão. 



Obrigada a todas as pessoas que dão um sentido a mais em minha vida!!!
FELIZ 2012!!!!

Que o próximo ano seja repleto de saúde, realizações, encontros, reencontros, alegria e muito sucesso para todos!!!!!


  

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

" A gente não quer só comida...."


Felizmente as coisas estão avançando em relação aos direitos das pessoas com deficiência também. Apesar de estar longe do ideal, temos acompanhado na mídia em geral uma preocupação maior com a questão da acessibilidade e inclusão social, fruto da luta das pessoas com deficiência, suas famílias e das conquistas em termos legislativos.  Os prazos de cumprimento dessas leis estão esgotados ou se esgotando. Desta forma, a mídia, as associações e a sociedade em geral ampliam as oportunidades, as denúncias e as reivindicações, por meio de ações ainda pontuais, mas afirmativas sobre a necessidade de adaptações arquitetônicas e inclusão social em todos os setores sociais. 


Outro avanço importante é a definição ampliada do conceito de deficiência, incapacidade e desvantagens defendido pela ICIDH (International Classification of Impairment, Disability and Handicap – ICIDH, WHO 1980, 1993) da OMS (Organização Mundial de Saúde) que define deficiência
 “...como o resultado de doença congênita ou adquirida, implica na perda de um órgão ou função; a incapacidade é a conseqüência da deficiência quando estas exercem influência na performance das atividades da vida diária; e a desvantagem é a incapacidade para executar atividades nas mesmas condições das pessoas não-deficientes ou de acordo com o padrão e/ou a norma socialmente estabelecidos. O estado de deficiência não leva, necessariamente, o indivíduo a uma condição de incapacidade e desvantagem. As deficiências incluídas no ICIDH vão além da classificação internacional de deficiência físicas, mentais, auditivas e visuais, com caráter permanente. Trata, também, das deficiências na linguagem, vísceras, psicológicas e outras, conforme a taxionomia.” (AFR,2006).

Ou seja, as pessoas com deficiência não necessariamente devem ser consideradas pessoas com incapacidades, mas em alguns aspectos estão em desvantagens em relação as outras pessoas.  Mesmo porque todos os direitos devem ser garantidos a todas as pessoas, independente de sua condição. Essa definição vai além da definição adotada pelo Decreto 5692/04 e coaduna com o conceito de necessidades educativas especiais, em geral, utilizado na área da educação. Além disso, a Convenção dos Direitos da s Pessoas com Deficiência foi ratificada  no Brasil pelos Decretos  no 186/2008 e no 6.949/2009 ampliando e garantindo os direitos das pessoas com deficiência. 


 No campo das artes não poderia ser diferente já que esta não apenas reflete as coisas que acontecem na sociedade, mas é criada e composta pela própria. Não raro o campo das artes até se antecipa a quebra de paradigmas. Isso me encanta e me incentiva a criar mais e mais, para uma sociedade mais justa e inclusiva para todos, para todos mesmo!!!!