Que história quero escrever como professora e cidadã?
Professores e alun@s que fazem parte da minha história.
Muitas vezes ouço colegas de profissão dizendo que não foram preparados para trabalhar com as pessoas com deficiência. Nós não fomos preparados é para trabalhar com as diferenças!!!! Além disso, o processo de construção de conhecimento vai além da graduação, se não fomos preparados na graduação devemos continuar aprendendo durante nossa atuação, no dia a-dia.
A inclusão das pessoas com deficiência na escola e na sociedade, na verdade traz à tona a deficiência dessas instituições e não das pessoas que estão inseridas nela. E isso sim é fantástico!!!
A inclusão das pessoas com deficiência na escola e na sociedade, na verdade traz à tona a deficiência dessas instituições e não das pessoas que estão inseridas nela. E isso sim é fantástico!!!
Pena que poucos percebem isso. Poucos já perceberam que quando nos debatemos para ministrar uma aula que atenda também às pessoas com deficiência, na verdade estamos nos tornando mais criativos, sensíveis às diferenças humanas e, de fato, mais acessíveis a todos os outros (com e sem deficiência).
Se muitas vezes a falta de entendimento sobre um assunto ou a diversidade de entendimentos sobre um conteúdo, possa passar despercebido nas classes ditas "normais", na classe que tem uma criança com deficiência isso é gritante!!!
No entanto, na realidade a inclusão tem sido sofrida por essas crianças, adolescentes e adultos. Elas são parte do processo e das tentativas, ora vitoriosas e ora fracassadas, de inclusão. Na maioria das vezes pela forma de organização desses locais, da falta de investimento, gestão e, principalmente, vontade.
A questão da acessibilidade é outro ponto fundamental. Com base na definição adotada em 2006 pela Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência e ratificada pelo Decreto 6.949/2009, que ressalta a questão dos impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, mas principalmente, o quanto as barreiras podem prejudicar a interação com o meio ambiente e a sociedade. Desta forma, somente uma mudança radical da estrutura arquitetônica e organizacional poderão favorecer que esta inclusão possa ser plena, que saia do papel. Li outro dia no facebook e concordo: "Sem acessibilidade não há inclusão"
Soyane Vargas