Não viajo de avião frequentemente, então acho natural sentir um pouco de medo, mesmo tendo conhecimento que ainda é o transporte mais seguro.
No caminho após o embarque fiz uma oração para me equilibrar, olhei para aeronave, a imaginei decolando e pousando perfeitamente.
No caminho após o embarque fiz uma oração para me equilibrar, olhei para aeronave, a imaginei decolando e pousando perfeitamente.
Ao procurar meu assento na parte de trás fui reparando os rostos das pessoas, algumas já sentadas tranquilamente, outras sorrindo, conversando ou concentradas em seu fone de ouvido. Imaginei que só eu sentia aquele medo chatinho e um pouco de tensão pré decolagem.
Os tripulantes fizeram as orientações de praxe e o avião iniciou seu processo de decolagem quando, repentinamente, um barulho na parte de baixo do avião e uma freada brusca fez tudo mudar. Aquelas pessoas tranquilas se mexiam procurando entender o que tinha acontecido, campainhas soavam chamando as aeromoças, as pessoas passaram a olhar umas para as outras e a movimentar seus corpos, viravam de um lado para o outro, conversando em tom mais alto e querendo saber o que teria acontecido.
A primeira coisa que imaginei foi: o avião não tinha decolado, assim tudo iria se resolver. Comecei a observar as pessoas e a expressão corporal de cada uma delas, naquele momento de tensão. A segunda coisa que percebi foi: o medo aproxima as pessoas e as move coletivamente. E a terceira coisa que me veio a mente foi: sou mais tranquila que pensava.
Dei um leve sorriso, decidi relaxar e aguardar as orientações da tripulação, procurando um artigo interessante na revista da companhia aérea para ler. Ali me deparei com um texto, que reflete muito tudo que tenho vivido nos dias atuais.